Até os cientistas mais neutros se emocionaram com essa foto |
O objetivo de enviar sondas espaciais é conhecer melhor a formação do Sistema Solar, mas
a NASA também tem certa esperança de contato com seres extraterrestres. Por
exemplo, a Voyager 1, lançada em 1977 e que avança rumo à periferia do Sistema
Solar, carrega consigo uma gravação com diversos sons da Terra, de Beethoven a
Chuck Berry, passando por choro de bebê e barulho de trem
, como uma forma de dizer “oi”.
, como uma forma de dizer “oi”.
O cristianismo não se opõe à ciência. Os homens que estabeleceram os fundamentos do
conhecimento científico que temos hoje eram, em sua maioria, cristãos que investigavam
o Universo desejando conhecer sua ordem e racionalidade, que atribuíam ao seu sábio
Criador. Na verdade, o relato cristão da criação já aponta para a
capacidade científica e tecnológica como expressões da imagem de Deus no ser
humano. Ali temos ordens para domesticar os animais, cultivar a flora e
preservar o ecossistema; recebemos uma missão de catalogar as espécies (a categorização é o primeiro passo da pesquisa
científica, certo?).[1]
Há até mesmo a sugestão de observar a regularidade dos astros celestes.[2]
Em certo sentido, as agências espaciais estão simplesmente aplicando
a ordem criacional de conhecer e dominar a natureza, estendendo o conceito de
Jardim do Éden até abranger o Sistema Solar todo. Estamos, com a tecnologia disponível,
conhecendo melhor nossa própria casa, explorando o jardim em que vivemos. Isso
é parte do plano original do Criador para nós.
Mesmo após nossa queda em pecado, Deus, por sua graça, tem
sustentado nosso potencial. O rebelde Adão lavrou e colheu; a desobediente Eva
teve filhos; os descendentes de Caim criaram instrumentos musicais e ferramentas;
o ateu Yuri Gagarin viu a Terra do espaço e Neil Armstrong deu um enorme salto para
a humanidade em solo lunar. E a New Horizons tirou uma foto do coração de
Plutão.
O Cristianismo
não nega o valor da ciência, mas enfatiza que o pecado produziu um
obscurecimento do intelecto como um todo, de maneira que, ao observar a natureza
criada, o ser humano não enxerga o que está evidente, nem conclui o óbvio: há
um Criador (Rm 1.20). O divórcio entre o pensamento cristão e o pensamento
científico ocorreu quando a pesquisa científica se comprometeu com o materialismo
naturalista – o conceito filosófico de que tudo o que existe é a matéria.[3] Esse
equívoco fundamental obviamente produz todo tipo de distorção de abordagem e compreensão
na ciência em geral. As tentativas de explicar a origem da vida na terra a partir
da panspermia[4] são um bom exemplo disso.
O salmista
se encantava observando o céu, sem ter a mínima ideia da sua imensidão, e
adorava seu Criador.[5] Nosso
conhecimento científico é incomparavelmente maior que o dele, e toda a nossa ciência
deveria servir à adoração do Criador, sua sabedoria, beleza e poder.[6]
Eu
amo saber sobre a exploração espacial. Principalmente porque sonho com “novos
céus e nova Terra”, onde a humanidade restaurada, livre do pecado e da morte,
com todo o tempo e inteligência do mundo, cruzará o espaço sideral para categorizar,
dominar e cultivar planetas, cometas e nebulosas – para a glória de Cristo. [7]
(O
quê? Nunca tinha pensado nisso? E o que você pensou que a gente ia ficar fazendo por
toda a eternidade num universo de bilhões de anos-luz? Tocando harpa? Afff...)
[1] Leia
Gênesis 1.26; 2.15 e 19.
[2] Gênesis
1.14.
[3]
Alguns prefeririam dizer que o divórcio foi causado pela inquisição, ao condenar como herética a teoria heliocêntrica de Copérnico, defendida por
Galileu. Contra essa simplificação, deve-se dizer no mínimo que a) Havia inúmeros defensores acadêmicos do heliocentrismo na época; b) Galileu foi
convocado pelo tribunal da inquisição mais pelas suas interpretações não
autorizadas de trechos da Bíblia que falam da Terra e dos astros, pois devido à Reforma Protestante, o Concílio de
Trento havia decidido que somente Roma podia interpretar a Escritura.
[4]
Panspermia é a teoria científica que propõe que a vida na Terra é uma evolução
de formas de vida primárias trazida à Terra do espaço em meteoritos.
[5] Veja,
por exemplo, os Salmos 8.3-4 e 19.1-6.
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