quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Viagem no tempo e a eternidade

"Multas? Aonde estamos indo não há radares escondidos, Marty!"
O filme “De Volta Para o Futuro” entrou para a história com uma perfeita combinação de ficção científica, ação, comédia e romance. Nele, o jovem Marty McFly viaja de 1985 até 1955 numa estilosa máquina do tempo. Antes de retornar ao seu tempo, ele precisa consertar eventos do passado de seus pais que alterou sem querer, e que podem acarretar seu desaparecimento da existência. No segundo filme da franquia, Marty tem de avançar no futuro outras três décadas, para consertar o futuro de seus filhos, também alterado pelas mudanças ocorridas em 1955 – e, claro, há a sequência final, que se passa em 1885.
A data "futura" no painel do DeLorean 

É isso mesmo: em 2015 os fãs da série comemoram os trinta anos do filme original e, de quebra, celebram a chegada do “futuro” visitado por Marty em seu DeLorean DMC. Para sermos justos, ele deve ter visitado alguma realidade paralela, pois não temos carros voadores (o prefeito Haddad ficaria maluquinho tentando multá-los por ultrapassarem os 50km/h).


domingo, 18 de outubro de 2015

A pornografia faz mais uma vítima

A revista masculina norte-americana Playboy anunciou que vai parar de publicar fotos de mulheres nuas.[1] Contudo, seria muita ingenuidade imaginar que a mudança tenha sido motivada pelo reconhecimento de que a pornografia seja errada ou prejudicial. A decisão não é moral, mas financeira: das 6 milhões de cópias que vendia nos EUA na década de 70, não vende mais que 800 mil atualmente.

A primeira edição de Playboy seria
considerada recatada em nossos dias
A revista foi criada por Hugh Hefner em 1953 com uma proposta ousada. Já havia revistas que publicavam fotos de mulheres nuas, mas Hefner pretendia oferecer mais. Seu público não era o sujeito insocial, solitário e incapaz de se encontrar com uma garota de verdade; pelo contrário, era um suposto novo homem, sofisticado demais para se prender aos grilhões da moralidade tradicional, pautada no compromisso do casamento heterossexual.

A revista de Hefner conseguiu convencer a sociedade ocidental de que ser homem de verdade é viver de maneira irresponsável, promíscua e egoísta. E que a exploração sexual da imagem de uma mulher não tem nada a ver com moral, com certo e errado.